(Transmitido pela TV Cidade Livre de Brasília, Canal 8 da NET (só no DF), às segundas, às 7 da manhã, às quartas, às 19:30, e às quintas-ferias, às 13 horas)
A equipe econômica tenta empurrar o governo para uma política de congelamento de salários e contenção do crescimento, enquanto aumenta os juros. A opinião é do presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT-SP) Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Segundo ele, esta política é responsável pela baixa no crescimento, que chegou a 7,5% no ano passado, mas que, no atual trimestre, gira em torno de 2%. Nesta entrevista a FC Leite Filho, da Rádio Legalidade, Café na Política e da TV Cidade Livre de Brasília, Paulinho afirma que, nas fábricas, “a economia praticamente parou, porque as pessoas estão comprando menos”.
Reconhece, no entanto,o Brasil ainda não entrou na crise mas, para evitar que isso aconteça, é preciso fazer o que o presidente Lula fez no governo anterior: aumentar salários e baixar os juros”.
– O Lula mexeu até o superávit primário, que é quase um palavrão. O superávit era de 4,5% e baixou para 2%, na contra-corrente do restante do mundo. Por isso, fomos o último país a entrar na crise e o primeiro a sair dela.
2a. parte

No entanto, ele vê o atual Governo Dilma pressionado pelo que chama “desses iluminados”, com o fim de segurar o crédito, manter juros altos, que estavam por volta de 8% no final de 2009 e depois chegaram a 12,5%”.
Por isso, os trabalhadores partiram para o enfrentamento, fazendo greves, como a dos bancários e dos Correios, donde sairam vitoriosos, conseguindo aumentos reais de dois a três por cento.
Paulinho também se preocupa com outras pressões para que não se pague o aumento de 7,5% no salário-mínimo, em 2012. E disse ter ido à presidenta Dilma Rousseff alertar para o problema, e esta lhe garantiu que o reajuste será preservado.
Nesta entrevista, o deputado ainda falou de suas preocupações com a terceirização, que estaria degradando os salários e provocando desemprego, não só no serviço público, como no setor privado, onde o fenômeno vem crescendo. Finalmente, Paulinho diz que os trabalhadores também lutam noutra frente, que é a da negociação, seja diretamente com os patrões, seja no Congresso Nacional. Citou a propósito a pauta trabalhista, estabelecida pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para votar uma série de leis regulamentando as questões mais urgentes. Entre elas está a da terceirização, que Paulinho espera coibir os abusos atualmente verificados.

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