A TV Pública argentina lançou ontem o canal infantil PakaPaka, um dos 40, todos digitais, que está montando, incluindo os de notícias, cinema, futebol, esportes, novelas, ciência e tecnologia, dentro do propósito da nova Lei da Mídia, destinada a democratizar e quebrar o monopólio dos meios de comunicação. Naquele país, a maior audiência é dos canais a cabo (quase 70% – no Brasil, não chega a 6%) e, por isso, o governo decidiu financiar a preços módicos os decodificadores e assinaturas. O canal PakaPaka foi escolhido como o primeiro daquela formada por já ser um sucesso no canal Educativo, também público, a TV Encuentro, cuja programação, que tem alcançado níveis de qualidade internacional, inclui temas educativos, documentários, entrevistas, abarcando temas não apenas argentinos, como também da América Latina e do restante do mundo.

Na festa de inauguração, a presidenta Cristina Kirchner descreveu o novo canal como “um formato nacional, por argentinos e para argentinos e latino-americanos”, que representa nossos valores e identidades” (veja vídeo acima).  O Pakapaka é uma TV destinada às crianças, cuja intenção será releftir  “uma nova estética” e “uma outra concepção” sobre o público infantil, no que toca seu potencial e necessidades e trabalhando para enriquecer seu mundo, al´m de complementar as políticas nacionais de igualdade e melhoria da qualidade da educação”.

O novo PakaPaka vai ao ar no dia 1o. de outubro, quando também entra a nova grade de programação das TVs abertas e a cabo, tanto comerciais como públicas, elaborada pela Autoridade Federal dos Serviços de Comunicação Audiovisual, que controla toda a política de mídia argentina, segundo a nova lei. Nesta grade, por exemplo, a Rede venezuelana Telesur, que vinha sendo marginalizada pela política de monopólio das grandes corporações privadas, vai ter o primeiro lugar entre as TVs internacionais, como TVE, da Espanha, CNN e Fox, dos Estados Unidos, e BBC, da Inglaterra.

Abaixo, retransmitimos o vídeo em que o presidente da AFSCA, Gabriel Mariotto, explica a nova grade e o propósito maior de tornar a televisão e o rádio mais plurais e sem acessos privilegiados por parte do poder econômico.

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