O jornalista Beto Almeida, que participou do III Encontro Latino-americano Progressista, ELAP, no Equador, aborda, nesta entrevista ao Café na Política, a situação das esquerdas depois do golpe no Brasil e da vitória da direita na Argentina.
O encontro, do qual participaram Cristina Kirchner, José Mujica, Delcy Rodríguez, Elias Jaua e o comandante Balaguer, e outros representantes do progressismo, concentrou-se nas situações do Brasil e da Argentina, principalmente. Todos levaram em consideração, segundo Beto, a definição do presidente equatoriano Rafael Correa, de que estamos vivendo um Plano Condor diferenciado.
– É um Plano Condor diferenciado, que não é de quartelada (militarismo que prevaleceu nos anos de chumbo , mas do uso do aparelho jurídico, midiático e parlamentar para a tomada do poder, frisa o jornalista.
Ele ainda comentou a resistência da Venezuela às arremetidas internacionais e lembrou alguns feitos dos governos progressistas que restam, todos na alça de mira dos golpistas – Bolívia, Equador, Venezuela e Nicarágua.
No caso do equatoriano de Correa: Postos de Saúde, redução do desemprego a 4,6%, eliminação do analfabetismo, grandes rodovias e ferrovias, inclusive a linha férrea que liga Quito a Guayaquil, descendo dos Andes até o litoral; a soberania sobre o petróleo, com a reforma da refinaria de Esmeraldas, uma das maiores da América Latina, oito hidrelétricas e três universidades na Amazônia equatoriana. Nestas, se busca colher os saberes dos povos indígenas para aplicá-los na exploração da biodiversidade.

DEIXE UMA RESPOSTA