(Publicado originalmente em Sex, 19 de Dezembro de 2008 09:08)

(Por Emir Sader) De repente, parece que o mundo inteiro passou a se preocupar com a China, com os eventuais efeitos da crise sobre sua economia. Porque a China passou a desempenhar um papel tão central na economia mundial, que a preocupação é pela própria possibilidade do desempenho chinês funcionar como amortecedor dos profundos efeitos da recessão mundial, gerada nos países do centro do capitalismo e disseminados por todo o mundo, com diferente intensidade.

Os chineses encaram com calma a crise. Sabem que, pela própria presença já global da sua economia – e pelo papel que suas exportações, assim como pela posse dos papéis da dívida norte-americana e pela importação de investimentos -, não passarão incólumes. Porém, acreditam que dispõem dos instrumentos para enfrentá-la, mesmo tendo que diminuir um pouco o espetacular ritmo de crescimento que sua economia exibe nas três últimas décadas.

Saudada pelo editorial desta semana da revista The Economist, a conservadora publicação britânica, como “a mais assombrosa transformação econômica na história humana, mencionando, entre outros coisas, como “200 milhões de pessoas foram tiradas da pobreza” em um país em que nenhum outro na história fez, tendo crescido 9,8% em media nos últimos 30 anos, passando de 1,8% do PIB mundial em 1978 a 6% , entre outros dados. O editor do Financial Times, Martin Wolf, presente neste seminário, disse que “a emergência da China nas ultimas três décadas é o mais significativo acontecimento econômico e político de todo o período que nos toca viver.” (Continua no Blog do Emir, na Carta Maior…)

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